quinta-feira, 12 de agosto de 2010

1966 - I Festival Internacional da Canção (FIC)

1968 - Gal Costa briga por Roberto Carlos
Revista: InterValo
Material disponiblizado por Douglas Carvalho


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** PS: Em destaque o FIC de 1966 **

Gal veio de Salvador no ano passado, defendeu sem êxito "Dadá Maria" no festival da Record, estourou com "Baby", de Veloso, que a descobriu, tornando-se agora um estrela na faixa tropicália-juventude.

Se, há alguns meses, alguém dissesse que uma estrela do Grupo Baiano brigou por Roberto Carlos, isso teria um jeitão de boato e de intriga. Mas Gal Costa, que se revelou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, vai brigar pelo Brasa: é ela quem vai defender, no III Festival Internacional da Canção, a música de Roberto e Erasmo Carlos, "Gabriela Mais Bela". No I Festival defendendo "Minha Senhora", de Gil e Torquato, ela não foi muito feliz. Para mostrar, todavia, que ela não está fora do grupo, nem do movimento Tropicalista, ainda no próximo Festival da Record ela interpretará "Divino, Maravilhoso", de Gilberto Gil e Caetano veloso.

Até agora, seu grande sucesso é "Baby", há muito tempo figurando nas paradas. E "Baby" é de Caetano.

De repente, descobriram Gal Costa, que vinha sendo comentada, mas pouco valorizada. Seu estilo simples de cantar não era bem compreendido e houve quem afirmasse que ela matou a música "Dadá Maria", de Renato Teixeira, que ao lado de Silvio César, defendeu no festival da Record no ano passado. Agora, a direção da mesma TV Record já a assedia com propostas, para, juntamente com Os Mutantes (outros incompreendidos), reforçarem o novo programa de Roberto Carlos. Ela não respondeu logo, não precisa responder. Primeiro vai a Buenos Aires, na volta decide. E também impõe suas condições: "Seu assinar com a Record, quero trabalhar de fato. Não quero apenas figurar na folha de pagamento. Desejo ter a certeza de que serei aproveitada relamente". A tímida baianinha (quando ela entra em cena, seus olhos parecem assustados), tornou-se estrela de uma hora para outra. Sem artifícios: do jeito que sempre foi e, parece, ninguém enxergava.

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