segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

1969 - Gal Costa (álbum)

Por Doug Carvalho, Tiago Marques e Fábio Coutinho


"Gal Costa" começou a ser gravado em 1968, e foi lançado no início do ano seguinte. No repertório trazia duas músicas já conhecidas: "Baby", gravada originalmente para o disco "Tropicália ou Panis et Circencis"e "Divino maravilhoso", defendida por Gal no IV Festival da Record e já gravada em compacto. Ambas foram grandes sucesso em 1968, mas só sairam em LP solo nesse disco. Com esse disco Gal Costa consolidou sua filiação ao Tropicalismo, com um repertório menos bossa-novista e com grandes doses de iê-iê-iê, frutos da influência de Caetano e Gil, mas também de Guilherme Araújo, que queria tornar Gal Costa numa nova espécie de cantora comercial, mais carismática e agressiva, uma espécie de súper-Wanderléia, segundo nos conta Caetano Veloso em seu livro "Verdade Tropical". E o projeto deu certo, tendo o disco recebido ótima aceitação para uma artista iniciante tanto de crítica quanto de público (o disco vendeu bem para os padrões da época), tendo produzido algum dos grandes hits de toda a carreira de Gal, como "Não identificado"e "Que pena". É um dos discos de Gal Costa com mais material inédito, não só contando com composções novas dos companheiros Caetano, Gil e Tom Zé, mas também com músicas especialmente compostas para Gal por Jorge Ben ("Deus é o amor") e Roberto e Erasmo Carlos ("Vou recomeçar"). Também é nesse disco que Gal Costa resgata pela primeira vez um clássico da MPB, o xaxado "Sebastiana", um dos maiores sucessos de Jackson do Pandeiro, grande sucesso no carnaval de 1955.

Um comentário:

ADEMAR AMANCIO disse...

Não identificado e que pena,são gravações perfeitas.