quinta-feira, 18 de novembro de 2010

18/11/10 - Show "Nego"

18/11/10 - Grandes intérpretes cantam versões tropicais de clássicos do jazz americano
Fonte: Época - Blog Mente Aberta - Por Danilo Casaletti

Ná Ozzetti e Simoninha cantam a versão Queria estar amando alguém (I wish I were in love again)

Over the rainbow, Lover, I’ve got a crush on you, My romance, Bewitched, Bothered and Bewildere e White Christmas. Todas essas canções são clássicas do jazz norte-americano. Nas mãos do letrista Carlos Rennó, elas viraram Mais além do arco-íris, Nego, Tenho um xodó por ti, Inqueita, tonta e encantada e Natal lindo.

Elas fazem parte do projeto Nego – um CD lançado no ano passado pela gravadora Biscoito Fino que reúne grandes nomes da música popular brasileira interpretando as versões “tropicais” propostas por Rennó.  Com arranjos assinados por Jacques Morelenbaum, o álbum  traz faixas que  foram escritas  originalmente por compositores judeus entre as décadas de 20 e 50. Entre os escolhidos, nomes como Richard Rodgers e Lorenz Hart, Irving Berlin, Harold Arlen, Jerome Kern e Oscar Hammerstein e George e Ira Gershwin.

Nesta quinta-feira (18), parte do elenco do disco fará uma apresentação especial no Teatro Alfa, em São Paulo, para arrecadar fundos para as programações gratuitas do Centro de Cultura Judaica, que idealizou o CD. Estarão presentes Gal Costa, Dominguinhos, Moreno Veloso, Ná Ozzetti, Paula Morelenbaum, Wilson Simoninha, Zélia Duncan, Alberto Continentino, David Feldman, Gabriel Improta e Marcelo Costa.

Carlos Rennó conta que levou cerca de oito meses para verter todas as 14 músicas do disco. A que demandou mais tempo – três meses – foi o clássico Bewitched, Bothered and Bewildere (Richard Rodgers e Lorezn Hart) – gravada por nomes como Ella Fitzgerald e Barbra Streisand – que em português ganhou o nome de Encantada e uma arrepiante interpretação de Maria Rita. “Havia ainda mais uma estrofe, mas o Jacques achou que o arranjo ficaria muito extenso”, diz Rennó.

Outra preocupação era a de que o disco tivesse o balanço brasileiro. “Esse objetivo norteou o nosso trabalho, tanto no plano poético, quanto nos arranjos”, afirma Rennó.

Considerado um craque das versões, Rennó já havia lançado um projeto parecido em 2002. O disco Cole Porter, George Gershwin – Canções, Versões também reuniu uma lista de intérpretes consagrados. “Fazer uma versão pode ser uma tarefa muito fácil se você não se preocupar em reproduzir a letra original”, diz Rennó. O letrista diz que já tem planos para um novo disco do gênero, desta vez com as músicas do Beatles.

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