Gal Costa – O Japão agora sabe o que é que a baiana tem
Fonte: Revista Fatos e Fotos - 15/09/1980
Por Luiz Carlos de Assis
Material disponibilizado por "Antonio Saldanha" no Site Argentino.
Contam que, depois de Sérgio Mendes, Antonio Carlos & Jocafi, Elizeth Cardoso, e outros patrícios menos votados terem dado o seu recado musical, foi visto um japonês - com parentes no bairro paulista da Liberdade - cantando numa escura rua de Tóquio: "Japão, meu Japão brasileiro." Tinha exagerado nos saquês, é verdade.
Mas, não é menos verdade que essa abertura do mercado asiático para cantores tropicais possibilitou a exportação de um dos produtos básicos do chamado milagre brasileiro: o balancê/balançá. Através, claro, de Gal (via Guilherme Araújo). Dizem os entendidos que tudo começou com uma gravação de "Trem das Onze"(ouviu, Adoniran?) lançada com o maior sucesso. E, como o Trem das Onze, lá, sai realmente às 11, só restou a Gal cantar até às 10 e meia, todas as noites (23 dias em 10 cidades). O que levou um cronista local a escrever, após degustar uma deliciosa tempura: "Depois dizem que é impossível acontecer. Pois nós, que exportamos tanta coisa, começamos a importar. Não importa o quê. Por enquanto é música. Pena que sejam só baianos e cariocas. Tóquio espera um artista paulista." Falava o cronista. Quanto às platéias, a elas importava que havia uma mulher no palco que as empolgava. Seu nome é Gal. Gal tropical. Que ouvia seus ouvintes pedindo bis, no final. Pena que ela não tivesse entendido os rasgados elogios dos jornais depois de cada apresentação. E Gal fez tudo a que tinha direito (até comeu tempura, com Guilherme Araújo, empresário, orientador e amigo). Mostrou-se mais feminina do que nunca, inclusive. Só não posou de quimono, apesar de que o vestido que ela usou nos shows era de seda nacional, ou seja, oriental.
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Um comentário:
Olá Cleicia, obrigada pela visitinha, também adoro a Gal e sua linda voz. Achei seu blog muito interessante, estou lhe seguindo.
Um abraço.
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