terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

1980 - Gal Tropical

Aqui, Jazz

Fonte: Estado do Paraná
Por Aramis Millarch – 20/07/1980


É possível que não se repita o mesmo que em 1978 - quando o I Festival Internacional de Jazz, em São Paulo, provocou a edição de quase 300 elepês deste genial musical no Brasil - onde a dieta jazzística sempre foi rigorosa, obrigando os aficionados a recorrerem aos discos importados, hoje acima de Cr$ 1.00,00 a unidade. Mas o êxito do II FIJ (Anhembi, maio/80) e o próximo Rio/Monterrey Jazz Festival (Rio Centro, 15 a 17 de agosto), com a presença de grandes nomes, está motivando que as edições jazzísticas se sucedam. As várias fábricas procuram extrair de seus catálogos o que possa se ajustar melhor, seja em edições isoladas ou em coleções organizadas, como tão bem sabe fazer Maurício Quadrio, por exemplo, responsável, partir de 1972, pela mudança nos conceitos de que "Jazz e música clássica não vendem". Na Polygram e, nos últimos 4 anos na Odeon, à frente da área de projetos especiais, Quadrio tem provado que jazz vende. E muito. Se assim não fosse, não teriamos tantos - e importantes - lançamentos na praça.

Como dentro de menos de um mês tem inicio o Rio/Monterrey Jazz Festival, trazendo nomes como dos tecladistas Chick Corea e Herbie Hancock, cantor Al Jareau, guitarrista George Benson, tecladista George Duke, grupos como Weather Report, Earth, Wind and Fire, Thrid World e, após mais de uma década de ausência, o retorno de Airto Moreira e Flora Purim - para, junto aos melhores instrumentos brasileiros, viverem três dias do mais quentes jazz, vamos registrar, a partir deste domingo, o que há de novo, na área jazzística na praça. Especialmente porque o espaço que vem se dando ao festival de Montreaus (onde o Brasil, mais uma vez, teve uma participação vigorosa com artistas como Pepeu, baby Consuelo, Jorge Ben, Gal Costa etc., levados por André Midani, da WEA) é grande e o interesse aumento cada vez mais.

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